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Eurocopa: Cristiano Ronaldo é acusado de ‘marketing de emboscada’ e pode ser investigado

RIO (AG) – Cristiano Ronaldo foi acusado de promover “marketing de emboscada” depois que uma empresa revelou os batimentos cardíacos do atleta durante a cobrança de pênaltis nas oitavas-de-final da Eurocopa. O craque português, que perdera um pênalti no tempo regulamentar, esteve durante toda a partida contra a Eslováquia, na segunda-feira, sendo monitorado por um relógio, que coletou os dados sobre o desempenho dele. A ação, porém, pode colocar o astro na mira de uma investigação da Uefa, já que a companhia não faz parte dos patrocinadores oficiais do torneio, diz o Mail Online.

Em uma publicação nas redes sociais, uma empresa parceira do jogador revelou que Cristiano Ronaldo joga com um dispositivo que o monitora durante as partidas.

“Quando você é @Cristiano, não há medo no futebol. Veja como CR7 entrou em estado de fluxo e diminuiu a frequência cardíaca momentos antes de mudar o ímpeto da partida contra a Eslovênia. Nos vemos nas quartas de final, Portugal!”, publicou a Whoop em suas redes sociais.

A Whopp projeta dispositivos que monitoram medidas como frequência cardíaca, desempenho atlético e sono.

Analistas ? como Ricardo Fort ? ex-chefe de patrocínios globais da Visa e da Coca-Cola ? usaram as redes sociais para apontar que a prática foi ilegal. O “marketing de emboscada”, como classificaram o ato, consiste no fato de uma companha tentar associar um produto ou serviço seu a um evento que já conta com outros patrocinadores oficiais. Fort explica que o gráfico divulgado pela empresa faz menção a um jogo da competição, cita as duas seleções, o placar do jogo e um dos jogadores, o que demonstra uma tentativa de “insinuar associação com o evento”.

“Este gráfico está circulando hoje”, escreveu Fort no X. “Cristiano e WHOOP são um [exemplo] de marketing de emboscada para a Euro 2024. É ilegal, e tanto o jogador quanto a empresa devem ser multados”.

Há precedente: na Eurocopa de 2012, Nicklas Bendtner levantou a camisa durante a celebração de um gol e mostrou que vestia uma cueca da Paddy Power. O jogador dinamarquês acabou sendo multado em 80 mil libras (R$ 570 mil, na cotação atual) por exibir a marca não-parceira. Ele também foi banido pelo órgão regulador por um jogo com a seleção do país.

Curiosamente, o pico de pressão arterial do jogador (perto dos 185 bpm/min) ocorreu no momento do apito final da prorrogação, confirmando a disputa de pênaltis. Essa frequência, no entanto, cairia para 100 bpm/min no momento em que CR7 faria sua cobrança ? que foi convertida, após o goleiro Diogo Costa defender o primeiro pênalti, cobrado pelo esloveno Ilicic.

A partir dali, no entanto, a pressão do jogador voltaria a subir imediatamente após a cobrança convertida, chegando perto dos 155 bpm/min novamente. Os batimentos teriam novamente um pico (desta vez de novo superando 180 bpm/min) no momento em que o goleiro português defenderia a terceira cobrança (das três da Eslovênia), garantindo a classificação portuguesa.

Redação
Redação
O Diário do Pará é um jornal fundado pelo jornalista Laércio Wilson Barbalho, impresso diariamente em Belém desde 1982, pertencente ao Grupo RBA.

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